Parábolas e Ensinos de Jesus

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CAPÍTULO 112

A PESCA MARAVILHOSA

“Depois Jesus tornou a manifestar-se aos discípulos na Praia de Tiberíades; e manifestou-se deste modo: Simão Pedro. Tomé chamado Dídimo, Natanael que era de Caná. da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois de seus discípulos estavam juntos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram e entraram na barca e naquela noite nada apanharam. Mas ao romper do dia estava Jesus na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele.

Perguntou-lhe Jesus: Moços, apanhastes algum peixe? Responderam-lhe: Não. Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita da barca, e achareis.

Lançaram-na, pois, e já não podiam puxá-la por causa do grande número de peixes. O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor.

Simão Pedro; quando ouviu que era o Senhor, tomou a sua veste (porque se achava despido) e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram na barquinha, puxando a rede com os peixes; porque estavam afastados da terra somente duzentos cúbitos. Ao saltarem em terra viram ali algumas brasas e um peixe posto em cima delas e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. Simão Pedro entrou na barca e puxou a rede à terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes, e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus; Vinde almoçar. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se e, tomando o pão, deu-lhes, e do mesmo modo o peixe. “Era esta a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ressurgir dos mortos. "


(João 21:1-14.)

Para melhor gravar na alma de seus discípulos a realidade absoluta da sobrevivência, Jesus, o Mestre e Senhor, não se satisfez com as provas que já lhes havia dado da Vida do Além; reiterou essas provas com outros tantos fatos inequívocos e peremptórios, que representam o quanto pode o Espírito desintegrado do seu corpo mortal e na sua existência real de Vida Eterna.

A “pesca maravilhosa", a ação que o Mestre exerceu sobre seus seguidores, os atos que lhes apresentou, ao partir o pão, ao distribuir os peixes, enfim, repetindo caracteristicamente o que já havia feito, quando com eles vivia em sua manifestação corporal, aparecendo, comunicandose, reatando relações com os entes que lhe eram caros, Jesus, não só lhes quis dar uma prova do seu amor, como também salientar que a aparição e comunicação dos Espíritos representa a Lei Providencial para que o homem compreenda em que consiste a Vida e o que é a Morte.

Parece claro e lógico que, se fosse condenada por Deus a comunicação entre ambos os mundos — o visível e o invisível — Jesus, o Mestre por excelência, o Representante, o Enviado do Supremo Senhor, o Executor de Suas leis, não teria sancionado com o exemplo essa lei que rege ambos os mundos.

Se é crime exercer esse ministério, como julgam erroneamente os corifeus das religiões sacerdotais, Jesus é criminoso, infrator da Lei, em vez de cumpridor da mesma!

E será crível que o Mestre, que se nos apresentou como o exemplo vivo da Verdade, ele que se afirmou o Caminho, a Verdade e a Vida, e que disse não passar da Lei um til sem que tudo fosse cumprido, infringisse a Lei com essas aparições e manifestações?

As aparições do Cristo autorizam forçosamente as aparições dos “mortos", e, consequentemente, as suas comunicações conosco.

Paulo, que é doutor nesta matéria, diz: Se os mortos não ressuscitam, Cristo também não ressuscitou, e é vã a nossa fé.

Ressurreição quer dizer “aparição, manifestação, comunicação", palavras que, traduzidas em fatos, se acham estreitamente ligadas. E assim como os Apóstolos se inteiraram da Ressurreição do Cristo entretendo com ele relações de amizade e simpatia, os verdadeiros cristãos, que sabem que a vida em sua realidade é una e que a existência terrestre não é mais que uma fase da Vida Real, também se inteiram da ressurreição dos “mortos" comunicando-se com eles!

Se é pecado, se é crime entreter relações com os que se passaram para o Além, ipso facto não pode deixar de haver pecado nas comunicações do Cristo e nas dos santos, cujas narrativas enchem as páginas da História.




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João 21:1

DEPOIS disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se assim:

jo 21:1
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