Emmanuel
Versão para cópiaDo modus operandi dos Espíritos
O “modus operandi” das entidades que se comunicam, nos ambientes terrestres, tem a sua base no magnetismo universal, dentro do qual todos os seres e mundos gravitam para a perfeição suprema; e incalculável é a extensão do papel que a sugestão e a telepatia representam nos fenômenos mediúnicos.
O processo das comunicações entre os Planos visível e invisível, mormente quando se trata de trabalhos que interessam de perto o progresso moral das criaturas, trabalhos esses que requerem a utilização de inteligências nobilíssimas do Espaço, cujo grau de elevação o meio terrestre não pode comportar, verifica-se, quase que invariavelmente, dentro de um teledinamismo poderoso, que estais longe ainda de apreciar nas vossas condições de Espíritos encarnados.
Entidades sábias e benevolentes, que já se desvencilharam totalmente dos envoltórios terrenos, basta que o desejem, para que distâncias imensas sejam facilmente anuladas, a fim de que os seus elevados ensinamentos sejam ministrados, desde que haja cérebro possuidor de capacidade receptiva e que lhes não ofereça obstáculos insuperáveis.
Aqueles que possuem essas faculdades registradoras dos pensamentos, que dimanam dos Planos invisíveis, são os chamados sensitivos ou médiuns, porém, essa condição será a de todos os homens do porvir. São inúmeras as legiões de seres que perambulam convosco, sem os indumentos carnais, e que permanecem nas latitudes do vosso planeta, sendo necessário considerar que a maioria dos que evolutiram e se conservam nas esferas de um conhecimento muito superior ao vosso, pelas condições inerentes à sua própria natureza, não vos podem estar próximos. Enviam aos homens a sua mensagem luminosa dos cimos resplandecentes em que se encontram, e, formulando o desejo de ação nos Planos da matéria, atuam com a sua vontade superior sobre o cérebro visado, o qual se encontra em afinidade com as suas vibrações e, através de forças teledinâmicas, que podereis avaliar com os fluidos elétricos, cuja utilização encetais na face do Globo, influenciam a natureza particular do sensitivo, afetando-lhe o sensório, atuando sobre os seus centros óticos e aparelhos auditivos, desaparecendo perfeitamente as distâncias que se não medem; na alma do “sujet” começa então a operar-se uma série de fenômenos alucinatórios sob a ação consciente do Espírito que o guia dos Planos intangíveis. Este, segundo a sua necessidade, o induz a ver essa ou aquela imagem, em vibrações que o envolvem, as quais são traduzidas pelo sensitivo de acordo com as suas possibilidades intelectivas e sentimentais. Há instrumentos que interpretam com fidelidade o que se lhes entrega, outros, porém, não dispõem de elementos necessários para esse fim.
Não se conjeture a necessidade por parte dos desencarnados, de trabalho fatigante para que tais fenômenos se verifiquem, concretizando-se no Plano físico; tais fatos se realizam naturalmente, bastando para isso o seu desejo e o poder de faze-lo.
Ignorais na Terra a maravilhosa ideoplasticidade do pensamento. Conhecendo a plenitude de suas faculdades, após haver triunfado em muitas experiências que lhes asseguraram elevada posição espiritual, senhores de portentosos dons psíquicos, conquistados com a fé e com a virtude incorruptíveis, os Espíritos Superiores possuem uma vontade potente e criadora de todas as formas da beleza. Às vezes, apresentam-se ao vidente graciosas cenas da história do planeta, multidões luminosas, legiões de almas, quadros esses que, na maioria das vezes, constituem os pensamentos materializados das mentes evolvidas que os arquitetam, e que atuam sobre os centros visuais dos sensitivos, objetivando o progresso geral.
É assim que se estabelece a união dos dois mundos o físico e o espiritual, através de fatores inacessíveis às vossas medidas e instrumentos materiais.
O tempo reserva muitas surpresas ao homem, dentro da proporção da sua evolução moral, concretizando o edifício imortal de todas as ideias altruísticas, nobres e generosas, sendo totalmente inútil que alguns deles se arvorem em supremas autoridades nos variados ramos da vida, porque, dentro da sua pretensiosa indigência, se perderão fatalmente no labirinto discursivo dos seus argumentos mateotécnicos.
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