Escultores de Almas

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Capítulo VI

Página do coração


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A inteligência no mundo é a semente da vida imperecível, lançada ao bendito solo da vida física. No coração, reside o gérmen da Sabedoria Divina.

Conserva o sentimento por fonte cristalina de amor. Não te importe quem seja o irmão cansado e oprimido que o desespero humilhou. Reanima e consola sempre os caídos e desprezados.

Não menoscabes o companheiro que passa coroado pela fantasia de transitória dominação. Estende os braços fraternos e auxilia-o, porque nem todos chegam, juntos, à taça do desengano.

Não permitas que o calor das paixões te resseque a alma.

Quem apenas indaga, bate à porta, muitas vezes, de espírito ralado pelo desalento, no entanto quem abre o coração, vive e segue adiante, entre a fé e a alegria.


Recorda que a semente germinada não cessa de servir. Nasce, rompendo os envoltórios inferiores que a sepultam, frondeja, floresce, frutifica e produz incessantemente no bem de todos, até a própria renovação.


Ainda que tudo, em torno de ti, seja sombra e derrota, incompreensão e desânimo, ergue-te e ama sempre, com a fortaleza do herói e com a espontaneidade da criança.

O sol, por amor, sustenta os mundos de nossa família planetária, sem esquecer-se de oscular a pétala da rosa perdida no vale anônimo e correntemente desamparado.

Por saberem amar, as flores, em silêncio, refazem a beleza da Terra, quando os nossos irmãos infelizes aniquilam a natureza com os instrumentos da separação.


Ainda que todos se manifestem contra ti, auxilia e ama sem reclamar.

Enquanto as legiões romanas dominavam todos os recantos do globo, consagrando o poder da força e o brilho da inteligência, um anjo transformado em homem subiu sozinho um monte ignorado e triste, carregando uma cruz sobre o coração aberto e restaurou o mundo inteiro, convertendo-se em luz para todos os séculos.

Irmãos e companheiros da seara humana, JESUS é o nosso modelo. Com Ele, nosso Mestre Divino, seja o Amor a nossa meta, sob a inspiração constante do trabalho e da fraternidade.




Nina
Francisco Cândido Xavier

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