Esperança e Luz
Versão para cópiaAs sentinelas da luz do santuário
A tempestade avizinha-se nos horizontes políticos e sociais do mundo inteiro.
Todas as vozes falam de um perigo iminente e todos os corações sentem algo de estranho no ar que respiram.
Fala-se no coletivismo, recolhendo-se cada qual no exclusivismo feroz, e fala-se de nacionalismo e de pátria, dentro do mesmo conceito de egoísmo e de isolamento.
Esses extremismos caracterizam um período de profunda decadência nos costumes sociais e políticos desta época de transições.
Apesar, porém, de sua complexidade, esse fenômeno pode ser definido como a angústia generalizada do homem, nas vésperas de abandonar a sua crisálida de cidadão.
Todos os acontecimentos que abalam o planeta, espalhando nos seus recantos mais remotos uma onda revolucionária e regeneradora, significam o trabalho intenso e difícil da laboriosa gestação do novo organismo de leis pelo qual se regerão, mais tarde, os institutos terrenos.
Ditadores e extremismos são expressões transitórias dessa fase de experiências dolorosas porque a verdade é que o cidadão da pátria será substituído pelo homem fraterno, irmão dos seus semelhantes e compenetrado dos seus deveres de amor.
Muitas dores implicam, por certo, nessa transformação das fórmulas patrióticas da atualidade, mas as democracias avançadas guardam, na sua estrutura, as sementes desse luminoso porvir.
Todavia, se falamos com respeito a esse assunto, é para dizermos aos nossos irmãos espiritualistas que eles são as sentinelas da Luz do Santuário, à maneira dos antigos heróis que guardavam as primícias do fogo sagrado.
Na hora das sombras, quando a subversão ameaçar o planeta, compete-lhes fornecer o testemunho de sua fé, como um penhor de segurança para as gerações do futuro.
A tarefa do Espiritismo está, portanto, adstrita à realização do Homem Interior, dentro de um novo conceito de fraternidade.
Fora desses princípios, as atividades de cada qual serão como folhas volantes, dentro do seu caráter dispersivo, porque todo o nosso esforço está enquadrado no “amarmo-nos uns aos outros” (Jo
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