Esperança e Luz
Versão para cópiaImportância do corpo
A Senhora Nina Laura, Em meio de grande brilho, Desposou Tetéu Carvalho Aspirando a ter um filho. Ele era jovem ricaço Que possuía o que quer, Ele queria o prazer Mas adorava a mulher. Ela queria domínio, Usando a própria beleza, Ele buscava o prazer Nas forças da Natureza. Nina Laura engravidou-se Em poemas de carinho. E apesar das muitas queixas, Teve um garboso filhinho. O marido entusiasmado Deu-lhe o nome de Luiz, O casal que o recebera Ficou muito mais feliz. O pequenino crescia Na doce e bela existência, Era uma flor de ternura Numa grande inteligência. O esposo, após uma festa, Tocado em nova esperança Disse à esposa que aguardava Obter nova criança. Mas Nina Laura alegava, Quase com áspero acento: “A gravidez para mim Foi um terrível tormento…” Decorridos quatro anos, O quadro mudou de vez. Dona Nina se mostrou Sob nova gravidez… Três meses foram passados; Ela que amava o conforto, Procurou certa parteira Que lhe dirigisse o aborto… Elegante, ela dizia Que aborto era assunto seu… No entanto, o filho querido De repente entristeceu. Luizinho, por dois meses, Manteve a melancolia, E apesar dos tratamentos, Faleceu de leucemia. Conquistou o amor materno. Nina, enfim, caiu de cama. Agora achava que o filho Era o ser que mais se ama. Certa noite, ouviu Luiz: “Mãezinha, ainda me desconsolo, Ao saber que você negou a meu irmão, O aconchego do seu colo. “Era ele meu irmão, Irmão a mim, muito amado, A quem prometi socorro Para viver ao meu lado.” Dona Nina entrou em pranto Dor e remorso também, Até que o câncer lhe abriu As portas do Grande Além. |
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