Estrelas no Chão

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Capítulo XXVI

Tal vida


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Falecera a sovina Nhá Rosenda.

Brigara por vintém depois da janta…

Na noite inteira, o povo reza e canta,

Falando em Deus, no Sítio da Moenda…


Sigo o caixão dourado em seda e renda,

Na sepultura, fala o Zé da Manta:

— “Nhá Rosenda, no Céu, será mais santa,

Era um anjo nas lutas da fazenda…”


Alguém traz a coroa derradeira,

A morta larga o corpo na carreira,

Quer dinheiro, pragueja, desacata…


Depois sumiu… Mas, hoje, em Pirapama,

Encontrei Nhá Rosenda entregue à lama,

Crendo agarrar pacotes de ouro e prata.




Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier

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