Excursão de Paz
Versão para cópiaDroga na cantiga
Cantando por encomenda Do apreço de muita gente, Assunto dos mais difíceis Tenho hoje pela frente: A droga em veneno doce Na vida do adolescente. Amigos, além da morte Lastimam a derrocada… Tanto rapaz quase louco, Tanta menina largada!… São milhares de esperanças Que vão caindo na estrada. Por que tanta gente moça Atolada em cocaína? Tanto grupo de maconha Traficando em tanta esquina? Pensando nisso, sem Deus, Qualquer sábio desatina. No estudo assim tão difícil, É preciso ponderar: Essa fuga para as drogas Onde é que foi começar? As raízes do problema Estão por dentro do lar. Examinando a questão, Quando nela me concentro, No homem, vejo a fachada, Na mulher, encontro o centro; O homem lida por fora, A mulher constrói por dentro. Para achar as grandes mães, Não preciso luz acesa, A Terra deve à mulher A sua própria grandeza, Mãe, esposa, irmã e filha São luzes da natureza. Entretanto, antigamente, Nossas mães em maioria Suportavam sofrimento Com serena valentia E pela renúncia delas O mundo se garantia. Mesmo que o homem trocasse O amor por perturbação, A mulher, junto aos meninos, Era luz e coração, Aceitando sacrifícios Tão amargos, tais quais são. Os pequenos, junto delas, Envolviam-se de amor, Nossas mães pela criança Não viam lama, nem dor… A meninada crescia Em clima superior. Que o homem se mergulhasse Em traição a granel, A mulher, dentro de casa, Engolia fogo e fel; Resguardando o próprio lar, Ao lar, vivia fiel. Mas hoje, muitas irmãs Se o homem cai uma vez, Elas procuram distância Para caírem mais três; Quando um homem diz: “Eu truco”, Elas gritam: “Vale seis”. Sempre existiram crianças Roubadas, tristes, cativas, No entanto, agora assinalo, Sem receios e evasivas: Os meninos que mais sofrem São os órfãos de mães vivas. Se um homem larga o dever, Em atitude insincera, Muita mulher grita logo: “Fidelidade já era…” Deixa a casa e perde o nome Para chamar-se pantera. Sem mãe amiga que a ouça Nas lutas em que se afoga, Para as sombras da aventura A meninada se joga; A solidão pede fuga E surgem droga e mais droga. Da mulher é que se espera Mais atenção com Jesus Para salvar os mais jovens Do veneno que os seduz, Porque homem — homem mesmo — Por si, nunca deu à luz. |
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