Falando a Terra

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Capítulo XXV

Se semeias


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Se semeias com amor, não te espante a terra eriçada de espinhos…

Que seria da lavoura sem o arado firme e prestimoso, que opera a renovação? Que seria da vida, sem a persistência da boa vontade?

Ergue-te cedo, cada dia, e espalha os grãos do entendimento e do serviço.

Provavelmente, surgirão, cada hora mil surpresas inquietantes. As ruínas consequentes do temporal, o bote da serpe oculta, os seixos pontiagudos da estrada, a soturna visão do pântano, a guerra sem tréguas contra os animálculos daninhos, os calos dolorosos das mãos e dos pés, a expectativa torturante, são o que vive em sua luta diária o semeador que se decide a trabalhar…

Recompensas? Não aguardes a remuneração da Terra. O mundo está repleto de bocas famintas que devoram o pão, sem cogitar dos sacrifícios ou das lágrimas que lhe deram origem.

Enquanto peregrinares entre os homens, o teu prêmio virá do perfume das flores, da luminosa vestidura da paisagem ou do caricioso beijo do vento.

Se semeias com amor, não indagues de causas. Consagra-te ao esforço do bem, para que o solo se renove e produza.

Compadece-te da terra sem água. Não desampares o deserto.

Não te irrite o charco. Ajuda sempre.

A felicidade vem do amor, o progresso vem da cooperação.

A lavoura do espírito é semelhante ao amanho do campo.

Auxilia sem cessar… Se semeias com amor, jamais desanimes, porque se é teu o trabalho do plantio, a semente, o crescimento e a frutificação pertencem ao Divino Semeador, que nunca se cansa de semear.



Francisco Malhão n
Francisco Cândido Xavier


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