Fé e Vida
Versão para cópiaHistória de um coração maternal
Eras ainda cândida menina E trazias, no entanto, a chama peregrina Da fé na paz de Deus que te abençoa; E da fé escutaste a bela trilogia que te deixou cantando de alegria: Ama, serve e perdoa. Cresces em dias claros e risonhos; Rogas ao Céu, na aurora de teus sonhos, Um lar feliz como a Terra apregoa… Sobe a tua oração e eis que o tempo se apresta; Ganhas o lar e o lar te disse em festa: Ama, serve e perdoa. O companheiro deu-te quatro filhos, Três estrelas, mostrando doces brilhos, E um Sol de pleno amor que te atordoa… Três filhas amorosas e um menino, A dizer-te no olhar embora pequenino: Ama, serve e perdoa. Mas a Terra ainda é um mundo em que a dor mora! E na casa tranquila que te enflora, Cai a chuva de fel que aperfeiçoa… Morre o filho, já moço, de improviso, Choras!… E ele te fala num sorriso: Ama, serve e perdoa. Enxugadas as lágrimas da prova, Partes com ele para a vida nova, Onde a necessidade se amontoa… Vestindo os nus e amparando os caídos, Eis que o filho te segue e fala-te aos ouvidos: Ama, serve e perdoa. Agora, o companheiro, em difícil mudança, Necessita de paz e de esperança!… Perturbação do mundo não te doa… Nada lhe exijas!… Segue, alma querida, Que ele próprio descubra a luz da vida, Ama, serve e perdoa. |
(Grupo Espírita da Prece, Uberaba (MG), 25 de fevereiro de 1989)
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