Fé e Vida
Versão para cópiaTrovas de amigos
Age, crê, serve e confia… Honrando a fé que professas, Pessoa que desanima Parece andar às avessas. Temos a luta em nós mesmos, E lutas em derredor… Há grandes lutas nas ruas, E em casa a luta é maior. Depois da morte é que a gente, Aos clarões de Novo Dia. Vemos nós que não se fez Todo o bem que se podia. Para o homem triste e aflito, Na prova da viuvez, Existe um santo remédio: É casamento outra vez. Das três provas que não dou conta Na febre que me embaraça, É o frio que me desmonta: A farra, o jogo e a cachaça. Chegar ao portão da morte, Pensando em ser o fim, Esquecer nossos costumes Não é tão fácil assim. No problema que te afete, Reflete, mede, vigia, Nem todo encontro é de amor, Nem todo apoio auxilia. Na vida há trabalho em tudo, Na Terra, no Céu, no Mar, Tudo pede amor e luz, Coitado de quem parar. Quem quer sempre a vida mansa, Eis o aviso que interessa: — Para aquele que descansa, A morte vem mais depressa. Dos sofrimentos do mundo Que a vida nos arrecade. O maior de todos eles É o suplício da saudade. Saudade lembra a garoa Que se espraia pelo chão: Como a chuva miudinha Caindo no coração. |
(Grupo Espírita da Prece, Uberaba (MG), 18 de fevereiro de 1989)
A trova difere nas palavras marcadas.
Nota da Editora: Por questão de metrificação, sem alteração semântica, esse verso poderia ser escrito assim: “Pensando em que seja o fim”.
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