Festa de Paz

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Capítulo XVIII

Tempo e trabalho


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As lembranças desta hora,

Entre as quais também me movo,

São lembranças de alegria

Para saudar o Ano Novo.

Casimiro Cunha

Na doença, não se fuja

Deste esquema que advogo:

Quem descansa se enferruja,

Quem trabalha sara logo.

Sylvio Fontoura

Na vida, depois da morte,

Quem serve, dia por dia,

É que obtém passaporte

Para o Reino da Alegria.

Lucano Reis

Tanto parou Gabriela

Em constantes desmazelos

Que faleceu na janela

Com calos nos cotovelos.

Lulu Parola

Quem se refere a progresso

Na grande luz do porvir,

Que viva nesta verdade:

Felicidade é servir.

Jovino Guedes

Se precisas de um favor

Pede à pessoa ocupada;

Quem tem tempo não faz tempo

Nem tem horas para nada.

João Moreira da Silva

Na origem, somos iguais,

Tal qual no mundo se pensa;

Trabalho de cada um

É que faz a diferença.

Silveira Carvalho

Oitenta anos viveu Cota

Receando trabalhar…

Por fim, morreu de descanso,

Cansada de descansar.

Cornélio Pires

Não pares. Trabalha e ama,

Luta, caminha, tropeça…

Quem vive de rede e cama

Acha a morte mais depressa.

Américo Falcão

Duras crises, clima brando,

Destino, vida e dever…

De tudo o que vai passando,

O tempo é que vai dizer.

Auta de Souza


O manuscrito psicografado, que encontra-se sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico, contém um primeiro verso que foi omitido neste capítulo do livro impresso, realmente nele há uma palavra de difícil leitura, o que justifica a omissão havida, mas nessa versão digital está íntegro. KJ.



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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