Mentores e Seareiros

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Capítulo X

Paciência e serviço


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Caminharás na Terra, precisando de pão que alente o corpo, entretanto, para que o carro da vida não permaneça desgovernado, é imprescindível te apóies na força da paciência.

Para o Espírito, a reencarnação é como internato na escola, onde encontra a multidão dos problemas que necessita equacionar no rumo de Estágios Superiores.

As grandes ideias que lhe patrocinam os anseios de burilamento a ascensão, constituem as disciplinas a que deve atender para libertar-se da ignorância e todas as criaturas que lhe comungam a convivência são colegas no aprendizado, junto dos quais é induzido a aplicar os princípios edificantes que aprende.

Cada companheiro, porém, é um mundo por si. Unge-te, pois, de serenidade, se queres prestar auxílio.

Não consintas, no entanto, que a tua calma se reduza à expectação. Paciência inerte é preguiça resignada.

Se não adianta esbravejar contra a sede, é indispensável se lhe dê pelo menos um gole d’água.

Se não vale gritar contra as sombras, é imperioso se lhe administre algum socorro ainda que seja em frágil réstia de luz.

Onde estivermos, saibamos entender e auxiliar, reconhecendo que se os outros são enigmas para nós, somos de nossa parte, outros tantos enigmas para eles.

Dor é ensinamento.

Dificuldade é provação necessária.

Desespero é desgaste por excesso de atrito.

Suporta os entraves do caminho, procurando aperfeiçoá-lo, aprendendo e servindo, amando e amparando sempre.

Medita na paciência dos Espíritos Superiores que aceitam no Cristo o Divino Orientador, na execução das próprias tarefas. Para eles, cada novo dia é um novo tempo de esquecer o mal e fazer o bem, melhorando a experiência e repetindo a lição.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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