Humorismo No Além
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Humorismo e mediunidade
Muito médium que se expande Cria planos, faz promessa… Depois, haja perna grande Para fugir mais depressa. “Queremos um mundo novo!…” Gritavam médiuns para o Além. Mas vendo as lutas do povo Não querem ouvir ninguém. Exclusivista e mandão Era o médium Léo Coutinho, Mas mandava tanto, tanto, Que o pobre acabou sozinho. Médium que foge ao trabalho Claramente sem razão Costuma ficar na lista Das turmas de obsessão. “Ah! meu Deus — pedia um médium — Dá-me serviço ou me mata…” Mas acabou se enterrando No encanto de uma mulata. Pregava tanta virtude O médium Joaquim Moraes, Que muita gente dizia: “Joaquim é médium demais.” Convidado a trabalhar, Disse o médium Nei Brandão: — “Eu só quero é me curar, Trabalho eu não quero, não…” No Centro, em Lagoa Grande, Curou-se o médium Dirceu, Prometeu altos serviços Depois desapareceu. Vendo o serviço aumentar, O médium Nico do Posto Morreu parado na cama Dizendo sofrer de encosto. Para os serviços do Bem Nascem médiuns de manada, Chegam em turmas de cem E, às vezes, voltam sem nada. Também fui médium na Terra… Comecei, não fui ao fim. Não tive pena dos outros, Para ter pena de mim. Mediunidade é lavoura, Onde Jesus serve e mora, Mas nunca vi tanto médium Chegando e caindo fora. Mediunidade é uma estrada De vida, alegria e luz Quando segue iluminada, Nas instruções de Jesus. |
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