Inspiração

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Capítulo XVIII

Verdugos da alma!


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A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando — quando já possuímos a graça do conhecimento — as lições necessárias à nossa sublimação.

Todas as matérias que constituem o patrimônio do educandário, se aproveitadas por nossa alma, podem conduzir-nos aos resultados que nos propomos atingir.

Não existe, porém, ensinamento gratuito para a comunidade dos aprendizes. Cada aquisição tem o preço que lhe corresponde.

A provação da riqueza é sedutora, mas repleta de perigos cruéis.

A passagem na pobreza é simples e enternecedora; contudo, oferece tentação permanente ao extremo desespero.

O estágio na beleza física é fascinante; entretanto, mostra escuros abismos ao coração desavisado.

A demora no poder é expressiva; todavia, atrai dificuldades [infernais,] que podem comprometer o nosso futuro.

O ingresso na cultura da inteligência favorece a posse de verdadeiros tesouros; no entanto, nesse setor, o orgulho e a vaidade representam impertinentes verdugos da alma.

A estação de calmaria na vida familiar é tempo doce e agradável ao espírito, mas, aí dentro, no oásis do carinho, a sombra do egoísmo pode enganar-nos o coração.


Em qualquer parte onde estiverdes, acordai para o bem!…

Recordai que o ouro e a intelectualidade, os títulos e as honras, as aflições e os sofrimentos, as posses e os privilégios são meros acidentes no longo e abençoado caminho evolutivo.

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão e não vos esqueçais de que, em qualquer condição, só no cultivo do amor puro conseguireis edificar para a luz da imortalidade.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicado em 1970 pela FEB e é a 53ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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