Instruções Psicofônicas

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Capítulo XLII

Divino Amigo, vem!


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Com a nossa reunião, na noite de 23 de dezembro de 1954, estávamos encerrando as atividades do ano. Era um ciclo de tempo a fechar-se, diante de outro que prestes se abriria… Trazendo-nos imenso júbilo, nosso amigo Emmanuel controlou os recursos psicofônicos do médium e orou conosco, em voz alta, sentidamente.


Senhor,

Tu que nos deste no Tempo

O sábio condutor de nossos destinos,

Faze-nos entender a bênção dos minutos,

A fim de não perdermos o tesouro dos séculos…


Porque o Tempo, Senhor,

Guardando-nos a alma

Nos braços das horas incessantes,

Embora nos amadureça o entendimento,

Não nos ergue da Terra

Ao encontro de Ti.


Por ele, temos a hora do berço

E a hora do túmulo,

A hora de semear

E a hora de colher,

A hora de rir

E a hora de chorar…


Com ele, temos a experiência

Da dor e da alegria,

Da ilusão e da realidade,

Do conforto e da angústia,

Que, em nos transformando o raciocínio,

Não nos alteram o coração.

É por isso, Senhor,

Que Te rogamos

Assistência e socorro!…


Ajuda-nos a cooperar com os dias,

Para que os dias colaborem conosco.

Ensina-nos a buscar

A hora de buscar-Te,

No respeito aos Teus desígnios,

No trabalho bem vivido,

No estudo de Tuas leis,

No serviço aos semelhantes,

Na contemplação de Tua grandeza

E na ação constante do bem.


Livra-nos da inércia,

Porque sem Tua bênção

A ronda dos milênios

É só repetição,

Prova e monotonia…

Divino Amigo, vem!…

E ampara-nos a senda

Porque, sem Ti, o Tempo,

Embora sendo luz

E embora sendo vida,

Sem que Te procuremos,

Deixar-nos-á clamando

Nos abismos da sombra,

Da aflição e da morte…




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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