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Capítulo XI

Amealhar, reter e dar


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Entesourando as bênçãos divinas, no campo de trabalho que fomos trazidos a lavrar, aprendamos com a Natureza, a fim de que estejamos vacinados contra o vírus da usura.

A represa não congrega inutilmente as águas da fonte no próprio seio, quando se dispõe a servir, acionando a engrenagem da usina.

A planta que assimila o oxigênio não lhe recolhe as vantagens tão somente para si, mas mobiliza-o, diariamente, na purificação da atmosfera.

A árvore retira do solo a seiva de que se alimenta, mas não devora os próprios frutos, de vez que os estende, prestimosa, a benefício de todos.

A enxada recebe a carinhosa atenção do cultivador, entretanto, faz-se com ele a infatigável benfeitora da sementeira.


Amealhar com sobriedade, para dar no momento oportuno, é virtude que não nos cabe menosprezar.

Todavia, monopolizar os recursos da Terra e açambarcá-los pela ânsia da posse desnecessária, é moléstia perigosa do Espírito que, distraído e imprevidente, se arroja ao inferno da cobiça, onde padece o insulto de acerbas desilusões.

Assim como a podridão é o salário do poço estagnado e assim como a ferrugem é a recompensa da enxada preguiçosa, o martírio moral será sempre a retribuição da vida aos que lhe segregam as possibilidades sem ajudar a ninguém.


Valorizemos nossas reservas de trabalho e de amor, veiculando-as, cada dia, no amparo aos que nos cercam.

A moeda que transformamos em remédio ao doente e em socorro ao necessitado, é bênção com que impulsionamos a Terra na direção do Céu; e o minuto que convertemos em felicidade, para os nossos irmãos, é bênção com que ajudamos a construção do Céu na Terra.

Rendamos culto incessante à genuína fraternidade e, desse modo, dando quanto pudermos, como pudermos e onde pudermos, seremos eternamente ricos do Suprimento Divino, que jamais cessará de fluir, providencial e generoso, por nossas próprias mãos.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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