Luz no Lar

Versão para cópia
Capítulo XXVI

Lei de amor

— “Rua!… Rua, infeliz que me ensombraste o nome!…”

Clama o pai, a rugir para a filha que implora:

— “Não me expulses, meu pai!… Temo a noite, lá fora!…”

E ele mostra o punhal na fúria que o consome.


Voa o tempo a rolar, sem que a vida o retome…

Ele, desencarnado, ansioso e triste agora,

Traz à filha exilada o coração que chora,

Espírito a sofrer, em sede, chaga e fome.


Ela sente-lhe a dor, através da lembrança,

E dá-lhe um corpo novo, ante a luz que o descansa

Nos fios da oração, em celeste rastilho!…


E, mais tarde, no lar que os apascenta e acalma,

Ele diz: “Minha mãe, doce mãe de minhalma!…”

E ela diz a cantar: “Deus te abençoe, meu filho!…”




Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 6ª lição da 3ª Parte do livro “”



Narcisa Amália
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?