Luz no Lar
Versão para cópiaCompanheiros mudos
Com excelentes razões, mobilizas os talentos da palavra, a cada instante, permutando impressões com os outros.
Selecionas os melhores conceitos para os ouvidos de assembleias atentas.
Aconselhas o bem, plasmando terminologia adequada para a exaltação da virtude.
Estudas filologia e gramática, no culto à linguagem nobre.
Encontras a frase exata, no momento certo, em que externas determinado ponto de vista.
Sabes manejar o apontamento edificante, em família.
Lecionas disciplinas diversas.
Debates problemas sociais.
Analisas os sucessos diários.
Questionas serviços públicos.
Indiscutivelmente, o verbo é luz da vida, de que o próprio Jesus se valeu para legar-nos o Evangelho Renovador.
Entretanto, nesta nota simples, vimos rogar-te apoio e consolação para aqueles companheiros a quem a nossa destreza vocabular não consegue servir em sentido direto. Comparecem, às centenas, aqui e ali…
Jazem famintos e não comentam a carência de pão.
Amargam dolorosa nudez e não reclamam contra o frio.
Experimentam agoniadas depressões morais, sem pedirem qualquer reconforto à ideia religiosa.
Sofrem prolongados suplícios orgânicos, incapazes de recorrer voluntariamente ao amparo da medicina.
Pensa neles e, de coração enternecido, quanto puderes, oferece-lhes algo de teu amor, através da peça de roupa ou da xícara de leite, da poção medicamentosa ou do minuto de atenção e carinho, porque esses companheiros mudos e expectantes que nos rodeiam são as criancinhas necessitadas e padecentes que não podem falar.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1964 pela editora CEC e é a 19ª lição do livro: “”.
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