Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo XX

Meu filho

Meu filho, o lar é o berço do teu destino!…

Templo aberto ao teu coração, aí tens o porto a que o Senhor te conduziu no extenso e furioso mar da vida terrestre.

Aprende a respirar dentro dele, com o respeito e a bondade que a vida nos merece.

Haverá, porventura, lição mais comovente que o esforço de teu pai por manter-se robusto e poderemos, acaso, encontrar mais sublime testemunho de sacrifício e ternura que o carinho de tua mãe, esquecida de si mesma, em favor de tua alegria?

Quando a chuva, lá fora, enlameia a estrada e quando a ventania passa zunindo, na altura, já pensaste na bênção do teto que te agasalha? À mesa, quando a sopa fumegante convida tua fome ao repasto, já refletiste na sublimidade do santuário que te abriga? Quando, cansado, te acolhes ao leito, já meditaste na doce e misteriosa mão de Deus que te sustenta o sono?

Aprende a honrar tua casa, no culto da gentileza, enriquecendo-a com o teu serviço constante no bem e santificando-a com o teu amor.

O lar é o primeiro degrau com que o Todo Poderoso nos induz a escalar o Céu.

Tua casa é o teu celeste jardim no mundo. Cultiva aí, nesse abençoado recanto de paz e trabalho, as flores do bem que nunca fenecem.

Ajuda-o na preservação da tranquilidade e do bem estar, porque, um dia, de fronte preocupada, como agora acontece ao teu pai e à tua mãe, crescido e pensativo, terás um lar diferente, onde entrarás como senhor, e, inclinado sobre algum rosto alegre e saltitante, como o teu, igualmente dirás: — “Meu filho! Meu filho!…”




Meimei
Francisco Cândido Xavier

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