Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo LXII

Carta às mães

Minha irmã, se Deus te deu

A luz da maternidade

Deu-te a tarefa divina

Da renúncia e da bondade.


Busca imitar no caminho

A Rosa de Nazaré,

Irradiando o perfume

De amor, de humildade e fé.


Lembra sempre em tua estrada,

Que a paz de tua missão

É feita dessa ternura

Que nasce do coração.


Contempla em cada filhinho

Um luminoso sorriso

Da alegria dolorosa

Que te leva ao paraíso.


Porque, ser mãe, minha irmã,

É ser prazer sobre as dores,

É ser luz, embora a estrada

Tenha sombras e amargores.


Ser mãe é ser a energia

Que domina os escarcéus,

É ser nas mágoas da Terra

Um sacrifício dos céus.


Pensa nisso e não duvides

Da grande misericórdia,

Que te deu na senda escura

A lâmpada da concórdia.


Ouve ainda. Tem cuidado

Com o teu próprio coração.

Não deixes que se transforme

O teu amor em paixão.


Muita vez, a mãe terrestre

Em vez de salvar, condena,

Porque do amor que redime

Faz a paixão que envenena.


Há muitas mães nos Espaços

Chorando na desventura,

Os perigosos desvios

De sua imensa ternura.


Ama o filho de outra mãe

Qual se fora teu também,

E estarás santificando

Teu lar nas luzes do Bem.


Castiga amando o teu filho

Em teu carinho profundo.

Prefere o teu próprio ensino

Às tristes lições do mundo.


Recorda que está contigo

A missão de renovar,

De corrigir perdoando,

De esclarecer e ensinar.


Nos teus exemplos repousa

A esperança do Senhor,

Que há de salvar este mundo

Por meio de teu amor.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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