Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo LXXIII

O Genro-neto

I


Toda sogra que há na vida,

No caminho meu ou teu,

Será sempre mãe querida

— Outra mãe que o Céu nos deu.


Deus recomenda isso em paz,

Se hoje estás na oposição.

Mais tarde, concordarás

Na lei da reencarnação.


Guarda esta simples verdade

Das lições de mais valor:

Deus criou a Humanidade

Para a vitória do amor.


Se não crês no que te digo,

Se estimas lutas no lar,

Escuta, meu caro amigo,

A história que vou contar:


II


“Sogra, não! Nem à custa de madraca!”

— Gritava Nhô Tatão de Albergaria

“Só de encontrar Nhá Bela, tenho azia,

O que sinto se vejo jararaca.”


Se a sogra vinha em casa, discutia,

Xingava o perdigueiro, punha a faca…

Mas, certa vez, Tatão, caçando paca,

Teve ataque e morreu no mesmo dia!…


Desencarnado, em trevas, quis mais prova

E renasceu da esposa, moça nova,

Em novo lar no Sítio da Cancela…


Hoje, só quer vovó, o dia inteiro,

É um menino gorducho e beijoqueiro,

No colo carinhoso de Nhá Bela…




Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier

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