Mensagens que confortam

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Capítulo X
Ilustração tribal

Testemunho de afeto e gratidão


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Querido papai Américo, querida mãezinha Iracy, peço-lhes a bênção.

Sei que me esperam, na praça da escrita, e, por isso, venho a este encontro para reafirmar-lhes o carinho e a gratidão de sempre.

Sei que minha mãe vai acumulando as saudades e lá vem um dia, em que não há forças que a retenham dentro de casa. E, como se nas orações de todos, como acontece hoje, a energia produzida possa ser manejada por nós, aqui estou. Entendo.

Falo também aqui por outros filhos que esperam chance e por outros pais que suspiram por uma oportunidade de se dirigirem aos entes amados. Mas se posso pedir alguma coisa aos nossos irmãos presentes, rogo para que nos abram a janela da oração do lado terrestre, para que possamos falar com segurança aos nossos pais sempre abençoados ou aos entes queridos outros que ficaram na Terra.

Em verdade, aqui somos muitos. Entretanto, não é exclusivamente através de um médium determinado que conseguimos exteriorizar as nossas emoções. Em casa, no silêncio da prece, ser-nos-á sempre possível falar aos mais íntimos, permutando impressões e modos de ser.

Mãezinha, de qualquer modo estaremos juntos. Não se sinta a sós porque minhas cartas escasseiem. Estou firme em nossas preces e prosseguindo no intercâmbio. Quero dizer ao meu pai que a vovó Sílvia e o vovô Rosário, estão amparando-nos no auxílio a ele, compartilhando-nos as lutas.

Já me envolveram em grandes expressões de bondade e socorro e continuam, ajudando-nos sempre. A pessoa em si não se desfaz facilmente da vida física.

A família aqui, na faixa das nossas afinidades prossegue à frente e graças a Deus, tenho encontrado serviço suficiente para esquecer-me, isto é, tenho hoje recursos para arredar-me das ideias negativas de posse e escuridão dos entes queridos.

Pouco a pouco, firmo em mim próprio o anseio natural de me interpretar com todos os nossos sem distinção de uns para com os outros. Felizmente, recebo de ambos quanto fazem por mim, de modo a me auxiliarem na caminhada para diante. Mamãe, nesse sentido, peço à senhora não nos esquecermos do muito que devemos à nossa querida Salete e família. Rogo-lhes para que lhes digam do meu imenso carinho. Solange e Márcio são duas esperanças nossas e temos a certeza de que além deles, o Pai nos permitirá reintegrarmo-nos com todos os entes amados, perante a Vida Maior.

Compreendo que o papai tem suportado lutas tremendas, mas estou ciente de que ele conservará a certeza de nossa companhia. Ninguém trabalha sozinho, temos sempre instrutores que nos amparam e nos auxiliam, doando-nos o que seja melhor para nós.

Em verdade, não me encontro aí, do ponto de vista físico, mas com a bênção de Deus, não me vejo demitido de casa, porque o Senhor me concedeu a alegria de acompanhá-los quanto possível, de modo a permutarmos as nossas experiências, até que, um dia estejamos todos mais juntos.

Trabalhemos. Esse convite não é uma repetição sem significado. Em torno de nós, transforma-se o mundo interno, nas bases dos sofrimentos, qual se a terra fosse um carro em solavancos nas trilhas do Espaço.

Papai, meu anseio de reconfortá-lo é muito grande mas o tempo está limitado, nosso amigo Dr. Proença de Gouveia está aqui conosco e agradece as lembranças que lhe foram endereçadas.

Tio Nolasco veio em nossa companhia e registra como sempre o carinho que lhes dedica.

Peço dizerem à Salete que não me esqueço do compromisso de cooperar com ela na preservação da paz doméstica.

A vida na Terra é assim mesmo. É preciso lutar com espírito de aceitação em todos os setores difíceis, porque justamente nesses ângulos de trabalho mais sacrificial é que jazem as nossas melhores oportunidades de progresso espiritual. Somos aí na Terra como que buriladores uns aos outros e por isso mesmo, espero que a irmãzinha prossiga sempre animada e feliz.

Não posso ser mais extenso. Pedi apenas vez para fazer-me sentir aos pais queridos de modo a testemunhar-lhes o meu afeto e gratidão invariáveis.

Reunindo a todos em meu abraço, rogo a papai e à mamãe para que abençoem o filho reconhecido que lhes deseja felicidade constante.




(Mensagem recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier, ao final da reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 25-3-1978, em Uberaba, Minas Gerais).



Ricardo Tadeu
Francisco Cândido Xavier

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