O Esperanto como Revelação
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Necessidade de uma Língua Internacional
Urgia, desse modo, não apenas para o ajuste de humanas cogitações, a criação de uma língua auxiliar que interligasse os territórios do espírito. Um sistema de comunhão que exonerasse os lidadores do avanço intelectual de maiores entraves para o acesso aos tipos mais altos de cultura…
Ansiavam milhões de almas pela libertação das algemas linguísticas que lhes mumificavam as expressões.
Espíritos habilitados a voos amplos, nos céus da ciência e da arte, da instrução e da indústria, restringiam-se aos preceitos e ritos mentais dos tratos de gleba em que agiam ou renasciam, sufocados no círculo angusto de parco vocabulário, quais pássaros de majestoso poder, aprisionados na férrea gaiola da insipiência.
Grandes comunidades imperiais, quais a Rússia e a Grã-bretanha, mostravam-se divididas por línguas várias e múltiplos dialetos, afigurando-se como corpos gigantescos em que o sangue mental circulasse deficiente.
E além da paisagem propriamente terrestre, as criaturas libertas do carro físico, se excepcionalmente evoluídas, no intervalo das reencarnações necessárias, via de regra não conseguiam transcender a fronteira de realizações dos grupos raciais a que se viam jungidas.
Inteligências dos conjuntos asiáticos, africanos, ameríndios, latinos, eslavos, saxônios, e de outros agrupamentos permutavam aquisições, imolando cabedais insubstituíveis de tempo.
Verificando as imensas dificuldades para o intercâmbio de tribos e povos desencarnados, especialistas espirituais de fonética, etimologia e onomatopeia empreenderam a formação de um idioma internacional para entendimento rápido nas regiões espaciais vizinhas do Globo, multiplicando, em vão, tentames e experiências, até que um dos grandes missionários da Luz, consagrado à concórdia, tomou a si o exame e a solução do problema.
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