O Espírito de Cornélio Pires

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Capítulo XI
Ilustração tribal

E foi-se embora…


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Caiu na obsessão Nico Raimundo,

Mediunidade nele era um problema;

Forte e feliz, queixava de eczema,

Tinha medo das almas de outro mundo!


Tanto sofreu por doido vagabundo,

Que foi levado a um passe em Saquarema;

O Espírito da Irmã Clara Moema

Disse-lhe pelo médium Clarimundo:


— “Meu amigo, isso é só mediunidade,

Você sara, ajudando a Humanidade,

Estudando e servindo desde agora!…”


Mas, Nico, viciado à boa vida,

Recuou para a porta de saída,

Gritou que ele era livre e foi-se embora…


Vingança perante a ofensa —

Delito igual por igual.

Primeiro passo no bem:

Esquecimento do mal.


Mais vale saber que ter,

Cultura aprimora o bem,

Mas só saber sem fazer

Não adianta a ninguém.


Ventura que não se perde

Consiste nesta verdade:

Fazer os outros felizes

Sem pedir felicidade.


Infeliz não é aquele

Que nunca teve o que quis.

É aquele que nunca soube

Que ser bom é ser feliz.




[As poesias destacadas com o texto em cor diversa do negro são devidas à psicografia de Francisco Cândido Xavier, e as outras à de Waldo Vieira.]



Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier

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