O Espírito de Cornélio Pires
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Notícia da avareza
Era um patrão danado o João Cazeca, Tomava o milho e a cana do meeiro, Exigia serviço o dia inteiro E deitava no ronco e camoeca. Bebia jeribita de caneca, Avarento, bilontra, farofeiro… Contava tanto os maços do dinheiro Que já sentia calos na munheca. João cai doente e ruim… Chegando a morte, Pede remédio, auxílio e reza forte, Mal podendo mover os gorgomilos… E morto o corpo, João, de suadouro, Ficou anos gemendo em prata e ouro, Trancado numa burra de cem quilos. |
Se a prece não me auxilia A ser de todos o irmão, Se a fé não me purifica, Para que religião? Deveres nas provações, Constrangimentos fatais. Quanto se sofre ao cumpri-los! Mas não cumpri-los dói mais. Há casamento de prova Lembrando a canga de bois, Bendito quem se renova Nesse resgate de dois. Não julgues a vida errada Pela sombra que ela tem. Raio que cai na chapada Cai na avenida também. |
[As poesias destacadas com o texto em cor diversa do negro são devidas à psicografia de Francisco Cândido Xavier, e as outras à de Waldo Vieira.]
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