O Espírito de Cornélio Pires
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Nhá Bela
Nhá Bela jaz ferida na barraca. Em vão fora pedir gotas de arnica, Pois o moço dissera na botica: — “Não atendo gamboa na ressaca.” Tem febre alta… O corpo tremelica… Sozinha, encontra o chão por leito e maca… Perde sangue… Delira… Está mais fraca… Lavadeira de tanta gente rica!… Chora na noite escura que a regela, Mas alguém rompe a sombra e diz: “Nhá Bela!” E a pobre clama: “Oh! filho, dá-me luz!…” Brilha o zinco da choça de repente E na morte que a beija, docemente, Deslumbrada, Nhá Bela vê Jesus! |
Compaixão inoportuna Onde o crime se concentre, Lindo cavalo de Troia Com novos crimes no ventre. As pessoas preguiçosas, Conforme o senso comum, Querem sempre algum trabalho E estão sem tempo nenhum. Discernimento e bondade São em si diversos dons. Caridade sem justiça É um mel que sufoca os bons. Invejoso inteligente? Ninguém aceite esse engano. Inveja esmaga o talento Como a traça rói o pano. |
[As poesias destacadas com o texto em cor diversa do negro são devidas à psicografia de Francisco Cândido Xavier, e as outras à de Waldo Vieira.]
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