O Espírito de Cornélio Pires

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Capítulo XVIII

O fazedor de caixões


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O carapina Tonho Macambira,

Fazedor de caixões no Sítio Claro,

Estava rico à custa do descaro

Com que explorava a morte do caipira.


Dava aos doentes cuias de tiquira,

Queria sepultura e desamparo…

Parecia cachorro de bom faro

Tomando o cobre em contas de mentira.


Mas Tonho faleceu numa caçada…

Atirou nele mesmo, de arrancada,

Quando espantava abelha e muriçoca.


E seja pela culpa ou pelo peso,

O Espírito de Tonho ficou preso

Sete anos no barro com minhoca…


Obrigações pequeninas…

Nenhuma deixes sem trato.

Picada de maribondo

Castiga onça no mato.


Beleza, glória, alegria…

Não tomes festas em vão.

A festa desgovernada

É carro de contramão.


Humanidade — um só povo

Diante da vida imensa.

Esforço de cada um

Medida de diferença.




[As poesias destacadas com o texto em cor diversa do negro são devidas à psicografia de Francisco Cândido Xavier, e as outras à de Waldo Vieira.]



Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier


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