Evangelho de Chico Xavier, O

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Capítulo XCIV

Chico e os livros


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Eu sempre quis ter livros… Quando menino, colecionava revistas, gravuras, histórias dos santos da Igreja… Sempre gostei muito de ler, mas nunca pude comprar um livro… Admirava, nas fotos, as grandes bibliotecas… Quando os Espíritos começaram a escrever por meu intermédio, eu tinha uma vontade imensa de ver as páginas de autoria deles publicadas… Comecei, então, a fazer livros artesanais: criava capa para eles, autografava e presenteava os amigos… O meu propósito era o de despertar em alguém a vocação para o livro espírita; tinha esperança de que, um dia, alguém se interessasse pela edição das mensagens dos Espíritos Amigos por meu intermédio… Manuel Quintão foi um grande benfeitor do livro espírita!… Ele me abriu as portas da FEB… Certa vez, o meu pai, que não podia compreender a minha vocação literária, queimou todas as minhas coleções… Chorei muito, mas Emmanuel me disse que não ficasse triste. Até hoje, passados tantos anos, sinto n’alma aquela emoção indefinível quando tive em minhas mãos o primeiro exemplar do “Parnaso de Além-Túmulo”!… Muitos livros vieram depois e continuam vindo, mas a emoção do “Parnaso” editado foi uma das maiores alegrias da minha vida…




Francisco Cândido Xavier


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