Orvalho de Luz

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Capítulo XVI

Definições


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Trabalha constantemente,

Se queres ser nobre e forte,

O braço estendido à inércia

Oculta o favor da sorte.


Ama o trabalho singelo

Em doces gestos risonhos.

Mais valem dois pés servindo

Que as asas de muitos sonhos.


Se alguém te insulta a ferir-te

O anseio de amor e paz,

Não lamentes, nem te irrites…

Calando-te, vencerás.


Ajuda quanto puderes,

Espalha a consolação.

Ninguém consegue escapar

Ao tempo de provação.


Em toda e qualquer contenda,

Com quem for, seja onde for,

Fugindo, discretamente,

Serás sempre o vencedor.


Muitos “poucos” reunidos

Levantam obra esmerada

Porque, às vezes, poucos “muitos”

Acaba em luta e nada.


Vive acima da calúnia

Em que a maldade se exprime.

Aos olhos tristes da inveja

A própria virtude é crime.


Fiscaliza as palavrinhas

De humilde e pequena brasa,

Começa a lavrar o incêndio

Que devora toda a casa.


Vais bem se atendes ao bem,

Quando a dúvida te invade.

A prudência vem de Cristo

Quando é sócia da bondade.


Ante os problemas dos outros

Emudece os lábios teus.

Em tudo sempre supomos

Mas quem sabe é sempre Deus.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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