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Capítulo III

Norma ideal


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“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.” — PAULO (2Co 3:2)


O obreiro do Senhor notadamente na Doutrina Espírita, há que se reger pela harmonia, a fim de que a segurança lhe presida todas as resoluções e atitudes.


Nem tão ardente no ideal que descambe na precipitação, nem tão extático que apenas viva de sonho.

Nem tão exigente, no trato com os outros, que se converta em figurino de intolerância, nem tão apático que se torne irresponsável.

Nem tão fanático na atividade que suscite perturbação, nem tão brando que se faça preguiça.

Nem tão extremista em questão de direito que inspire violência, nem tão fraco que encoraje o desrespeito.

Nem tão isolado em sociedade que se encastele no egoísmo, nem tão agarrado às relações de toda espécie que se queime nas paixões.

Nem tão prudente que se atenha à frieza, nem tão desabrido que abrace a temeridade.

Nem tão aflito, ante as lutas e problemas do cotidiano, nem tão despreocupado que se arroje à indiferença.


A lógica da Doutrina Espírita nos assinala a todos uma norma ideal de ação, nas mais diversas áreas da vida: equilíbrio e mais equilíbrio, a fim de que venhamos a identificar-nos com o Bem, sempre mais e melhor.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)

(Brasil Espírita, janeiro 1971, página 1)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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