Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
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Todos os estudiosos que solicitam de amigos do Além um roteiro de orientação não devem esquecer o Evangelho de Jesus, roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
Habitualmente, invoca-se a velhice de sua letra e a repetição de seus enunciados. O espírito do Evangelho de Cristo, porém, é sempre a luz da vida. Determinados companheiros buscam justificar o cansaço das fórmulas, alegando que em Espiritismo, temos obras definitivas da revelação, com o sabor de novidade preciosa, em matéria de esclarecimento geral e esforço educativo. O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade. Todas essas obras notáveis dos missionários humanos, na sua tarefa de interpretação, funcionam como telescópios, aclarando-lhe a grandeza. É que a sua luz se dirige à atmosfera interior da criatura, intensificando-se no clima da boa vontade e do amor, da sinceridade e da singeleza.
A missão do Espiritismo é a do Consolador, que permanecerá entre os homens de sentimento e de razão equilibrados, impulsionando a mentalidade do mundo para uma Esfera superior. Vindo em socorro da personalidade espiritual que sofre, nos tempos modernos, as penosas desarmonias do homem físico do planeta, estabelece o Consolador a renovação dos valores mais íntimos da criatura e não poderá executar a sua tarefa sagrada, na hipótese de seus trabalhadores abandonarem o esforço próprio, no sentido de operar-se o reajustamento das energias morais de cada indivíduo.
A capacidade intelectual do homem é restrita ao seu aparelhamento sensorial; todavia, a iluminação de seu mundo intuitivo condu-lo aos mais elevados Planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual.
A grande necessidade, ainda e sempre, é a da evangelização íntima, para que todos os operários da causa da verdade e da luz conheçam o caminho de suas atividades regeneradoras, aprendendo que toda obra coletiva de fraternidade, na redenção humana, não se efetua sem a cooperação legítima, cuja base é o esclarecimento sincero, mas também é a abnegação, em que o discípulo sabe ceder, tolerar e amparar, no momento oportuno.
Para a generalidade dessa orientação moral faz-se indispensável que todos os centros de estudo doutrinário sejam iluminados pelo Espiritismo evangélico, a fim de que a mentalidade geral se aplique à luta da edificação própria, sem fetichismos e sem o apoio temporal de forças exteriores, mesmo porque se Jesus convocou ao seu coração magnânimo todos os que choram com o “vinde a mim, vós os que sofreis”, (Mt
Resumindo, somos compelidos a concluir que, em Espiritismo, não basta crer. É preciso renovar-se. Não basta apreender as filosofias e as ciências do mundo, mas sentir e aplicar com o Cristo.
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Mateus 11:28
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
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Marcos 8:34
E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
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