Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
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Não fôssemos Espíritos ainda fracos e imperfeitos e não teríamos necessidade de provas e lutas diversas para a aquisição de fortaleza e burilamento.
Não estivéssemos categorizados por devedores, ante as Leis do universo, e não nos demoraríamos, aos pés de nossos credores de existências do pretérito, hoje transfigurados em familiares difíceis a nos reclamarem apoio incessante.
Se houvéssemos liquidado todos os problemas decorrentes de nossas quedas morais do passado, não carregaríamos, intimamente, os conflitos que nos caracterizam a batalha oculta, contra as nossas tendências inferiores, a gerarem as dificuldades emotivas e os sofrimentos imanifestos, que nos impelem ao conhecimento de nós mesmos e ao reajuste das próprias forças.
Se já soubéssemos agir com a generosidade dos Espíritos benevolentes e sábios que nos orientam os destinos, não andaríamos repetindo lições e recapitulando experiências, na condição de criaturas falíveis.
Se tivéssemos granjeado a pureza ideal, não estaríamos, seja na situação de encarnados ou desencarnados, no clima educativo, mas ainda profundamente conturbado da Terra, porquanto o nosso domicílio compulsório se alinharia nos Planos superiores.
Ninguém alegue, assim, embaraço, imperfeição, doença, ignorância ou inaptidão para deixar de trabalhar, aprender, aperfeiçoar e servir, de vez que, em argumento de última instância, é forçoso reconhecer que Deus não nos concederia a permanência no Planeta Terrestre e nem nos daria os encargos que a vida nos atribui, se não confiasse em nosso esforço sincero de corrigenda e elevação e se não nos considerasse capazes de cooperar com o Seu infinito Amor, na edificação do mundo melhor.
(Reformador, maio de 1968, página 99)
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