Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

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Capítulo CXLVII

Justiça e amor


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Enquanto alimentamos o mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estamos sob os choques de retorno das nossas próprias criações, dentro da vida.

As dores que recebemos são a colheita dos espinhos que arremessamos.

Agora ou amanhã, recolheremos sempre o fruto vivo de nossa sementeira.

Há plantas que nascem para o serviço de um dia, quais os legumes que aparecem para o serviço da mesa, enquanto outras surgem para as obras importantes do tempo, quais as grandes árvores, nutridas pelos séculos, destinadas à solução dos nossos problemas de moradia.

Assim também praticamos atos, cujos reflexos nos atingem, de imediato, e mobilizamos outros, cujos efeitos nos alcançarão, no campo do grande futuro.

Em razão disso, enquanto falhamos para com as Leis que nos regem, estamos sujeitos ao tacão da justiça.

Só o amor é bastante forte para libertar-nos do cativeiro de nossos delitos. (Pv 10:12)

A Justiça edifica a penitenciária. O amor levanta a escola.

A justiça tece o grilhão. O amor traz a bênção.

Quem fere a outrem encarcera-se nas consequências lamentáveis da própria atitude.

Quem ajuda adquire o tesouro da simpatia.

Quem perdoa eleva-se.

Quem se vinga desce aos despenhadeiros da sombra.

Tudo é fácil para aquele que cultiva a verdadeira fraternidade, porque o amor pensa, fala e age, estabelecendo o caminho em que se arrojará, livre e feliz, à glória da vida eterna.

Quem deseje, pois, avançar para a Luz, aprenda a desculpar, infinitamente, porque o Céu da liberdade ou o inferno da condenação residem na intimidade de nossa própria consciência.

Por isso mesmo, o Mestre Divino ensinou-nos a pedir na oração dominical: — “Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como devemos perdoar aos nossos devedores.” (Mt 6:12)




(Reformador, fevereiro de 1956, página 36)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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