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Capítulo LXIX

Firmeza e constância

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão. ” Paulo (I Coríntios 15:58)


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“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão.” — PAULO (1co 15:58)


Muita gente acredita que abraçar a fé será confiar-se ao êxtase improdutivo.

A pretexto de garantir a iluminação da alma, muitos corações fogem à luta, trancando-se entre as quatro paredes do santuário doméstico, entre vigílias de adoração e pensamentos profundos acerca dos mistérios divinos, esquecendo-se de que todo o conjunto da vida é Criação Universal de Deus.

Fé representa visão. Visão é conhecimento e capacidade de auxiliar.

Quem penetrou a “terra espiritual da verdade”, encontrou o trabalho por graça maior.

O Senhor e os discípulos não viveram apenas na contemplação. Oravam, sim, porque ninguém pode sustentar-se sem o banho interior de silêncio, restaurando as próprias forças nas correntes superiores de energia sublime que fluem dos Mananciais Celestes.

A prece e a reflexão constituem o lubrificante sutil em nossa máquina de experiências cotidianas. Importa reconhecer, porém, que o Mestre e os aprendizes lutaram, serviram e sofreram na lavoura ativa do bem e que o Evangelho estabelece incessante trabalho para quantos lhe esposam os princípios salvadores.

Aceitar o Cristianismo é renovar-se para as Alturas e só o clima do serviço consegue reestruturar o Espírito e santificar-lhe o destino.

Paulo de Tarso, invariavelmente peremptório nas advertências e avisos, escrevendo aos coríntios, encareceu a necessidade de nossa firmeza e constância nas tarefas de elevação, para que sejamos abundantes em ações nobres com o Senhor.

Agir ajudando, criar alegria, concórdia e esperanças, abrir novos horizontes ao conhecimento superior e melhorar a vida, onde estivermos, é o apostolado de quantos se devotaram à Boa Nova.

Procuremos as águas vivas da prece para lenir o coração, mas não nos esqueçamos de acionar os nossos sentimentos, raciocínios e braços, no progresso e aperfeiçoamento de nós mesmos, de todos e de tudo, compreendendo que Jesus reclama obreiros diligentes para a edificação de seu Reino em toda a Terra.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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