Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Versão para cópia
Capítulo XLIV

Multidões

“Tenho compaixão da multidão.” — JESUS (Mc 8:2)


Os Espíritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos, grandes devedores à multidão.

Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis espirituais.

Em geral, o mordomo das possibilidades terrestres, meramente instruído na cultura do mundo, esquiva-se da massa comum, ao invés de ajudá-la. Explora-lhe as paixões, mantém-lhe a ignorância e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traça leis para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermínio, em que deva concorrer com os mais elevados tributos de sangue. O sacerdócio organizado, quase sempre, impõe-lhe sombras, enquanto a filosofia e a ciência lhe oferecem sorrisos escarnecedores.

Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos amigos e adversários em legiões.

Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multidão dispõe do Amigo Divino.

Jesus prossegue trabalhando. Ele, que passou no Planeta entre pescadores e proletários, aleijados e cegos, velhos cansados e mães aflitas, volta-se para a turba sofredora e alimenta-lhe a esperança, como naquele momento da multiplicação dos pães.

Lembra-te, meu amigo, de que és parte integrante da multidão terrestre.

O Senhor observa o que fazes. Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?

Veja mais em...

Marcos 8:2

Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm que comer.

mc 8:2
Detalhes Capítulo Completo Perícope Completa