Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas
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“… Não se faça a minha vontade, mas a tua.” — JESUS (Lc
É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.
Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.
Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes. O que ontem era importante para nós costuma descer para as linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.
Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.
Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.
Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.
Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, frequentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.
Aprendamos, assim, a trabalhar, esperando pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos.
Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua.”
(Reformador, janeiro 1964, p. 8)
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Lucas 22:42
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálix, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
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