Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
Versão para cópiaLembrança fraternal aos enfermos
Queres o restabelecimento da saúde do corpo, e isso é justo. Mas, atende ao que te lembra um amigo que já se vestiu de vários corpos e compreendeu, depois de longas lutas, a necessidade da saúde espiritual.
A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos Espíritos enfermos. Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico.
Nunca pensaste que o Evangelho é uma receita geral para a humanidade sofredora?
É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos, quando as causas permanecem.
Usa os remédios humanos, todavia inclina-te para Jesus e renova-te, espiritualmente, nas lições de seu amor. Recorda que Lázaro, não obstante voltar do sepulcro, em sua carne, pela poderosa influência do Cristo, teve de entregar seu corpo ao túmulo, mais tarde. O Mestre chamava-o a novo ensejo de iluminação da alma imperecível, mas não ao absurdo privilégio da carne imutável.
Não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos Espíritos imortais e esses microrganismos são naturalmente intoxicados, quando os viciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade.
Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibrações mais íntimas. Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem uma linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades especiais.
A hepatite, a indigestão, a gastralgia, o resfriado, são ótimos avisos contra o abuso e a indiferença. Por que preferes bebidas excitantes, quando sabes que a água é a boa companheira, que lava os piores detritos humanos? Por que o excesso dos frios no verão e a demasia de calor no tempo do inverno? Acaso ignoras que o equilíbrio é filho da sobriedade? O próprio irracional tem uma lição de simples impulso, satisfazendo-se com a sombra das árvores na secura do estio e com a bênção do sol nas manhãs hibernais. Pela tua inconformação e indisciplina, desordenas o fígado, estragas os órgãos respiratórios, aborreces o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-avisos se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as congestões, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas. Por não se conformar o homem com os desígnios do Pai, que criou as leis da natureza como regulamentos naturais para a sua casa terrestre, submete as células que o servem ao desregramento, velha causa de nossas ruínas.
E que dizermos da sífilis e do alcoolismo, procurados além do próprio abuso?
Entretanto, no capítulo das enfermidades que buscam a criatura, necessitamos considerar que cada uma tem sua função justa e definida.
As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a loucura, o câncer, são escoadouros das imperfeições. A epidemia é uma provação coletiva, sem que essa afirmativa, no entanto, dispense o homem do esforço para o saneamento e higiene de sua habitação. Há dores íntimas, ocultas ao público, que são aguilhões salvadores para a existência inteira. As enfermidades oriundas dos acidentes imprevistos são resgates justos. Os aleijões são parte integrante das tabelas expiatórias. A moléstia hereditária assinala a luta merecida.
Vemos, portanto, que a doença, quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga, convidando a meditações necessárias.
Desejas a cura; é natural; mas, precisas tratar-te a ti mesmo, para que possas remediar ao teu corpo. Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama; todavia, sabemos que Ele esteve na cruz. Obedece, pois, a Deus e não te rebeles contra os aguilhões. (At
Não deixes de atender às necessidades de teus órgãos materiais, que constituem a tua vestimenta no mundo; mas, lembra-te do problema fundamental que é a posse da saúde para a vida eterna. Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre, recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém: — “Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior.” (Jo
(Reformador, setembro 1941, página 219)
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Atos 9:5
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
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João 5:14
Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior.
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