Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
Versão para cópiaMais amor
Ama sempre para que possas compreender sempre mais.
Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando se proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, os ricos e os pobres, os felizes e os infelizes!…
Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d’alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.
Ajuda antes de qualquer indagação.
Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo acanhado em que ainda te encontras.
A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.
Descerra teu espírito à sua claridade sublime e perceberás a dor que muitas vezes se agita sob o fardão dourado e observarás a glória sublime que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras.
Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.
Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soerguê-lo a mais altos destinos.
A tua boca pronunciará eloquentes discursos…
A tua pena escreverá páginas comovedoras…
A tua influência social e política assegurar-te-á transitório destaque na vida pública…
As tuas facilidades econômicas garantir-te-á transitório respeito entre as criaturas…
Todavia, que será de ti sem o tesouro da compreensão que apenas o amor te pode conferir?
Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam…
Só a luz é capaz de extinguir a sombra…
Só a sabedoria aniquila a ignorância…
Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria…
Não nos abeiremos da revelação, indagando, pedindo, reclamando…
Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis do Pai Celestial.
(Reformador, fevereiro 1957, página 38)
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