Dois Maiores Amores, Os

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Capítulo XXIV

Meditação do Natal


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Senhor Jesus!

Ante o Natal, brilhando renascente,

Recordo-te a promessa, em sentido profundo:

“E crede que estarei convosco eternamente

Até o fim dos séculos no mundo…” (Mt 28:20)


Por isso, creio com razão, Senhor,

Que ninguém mais consegue ignorar-te,

Ao ver-te as manifestações de imenso amor,

Refulgindo e atuando em toda parte.


Chegaste ao mundo sem quaisquer brasões,

Sem violência, sem púrpura, sem guerra

E transformaste povos e nações,

Mostrando as leis da vida sobre a Terra.


Revelas, entre os homens, dia a dia,

Iluminando os cérebros que irmanas,

O caminho da paz e da alegria

Pela sublimação das leis humanas.


Deste à fraternidade vasto acesso,

Traçando a estrada para a vida sã,

E acentuaste as luzes do progresso

Nas vantagens de agora e de amanhã.


Vieste do esplendor que reina no Mais Alto,

Guiando o mundo à evolução divina,

Da charrua ao trator, da vereda ao asfalto,

Do artesanato rude ao fulgor da oficina.


Conhecemos na Terra a tua força augusta,

Permaneces em tudo, aqui e ali;

Entretanto, nutrindo indiferença injusta,

Creio ainda, Jesus, que não fomos a ti.


Impele-nos, Senhor, em teu ensino eleito

A esquecer, para sempre, o orgulho frio e vão,

Queremos destrancar os recessos do peito,

A fim de abrir-te o próprio coração.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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