Os filhos do Grande Rei
Versão para cópiaOuvindo os conselheiros
O narrador fez pequeno intervalo e prosseguiu:
— Foi então que o poderoso Senhor convocou a presença dos filhos mais velhos, sábios e bons, transformados em cooperadores e conselheiros de suas imensas obras, a fim de ouvi-los sobre o futuro destino dos principezinhos ignorantes.
Exposto o assunto pelo soberano, os colaboradores começaram a opinar com alegria:
— Não seria interessante criar um paraíso repleto de belezas absolutas? — disse um deles.
Outro, porém, considerou:
— Não seria melhor um jardim cheio de flores, onde os jovens crescessem tranquilamente?
— Não poderíamos construir um templo coroado de eterna luz e de eterna harmonia para abrigá-los? — perguntou ainda outro.
Iniciou-se extenso movimento de comentários, em torno das três opiniões recebidas, e, quando os conselheiros levaram os pareceres ao grande rei, ele esclareceu paternalmente:
— Aproveitaremos as três sugestões a um só tempo. Considerando que os príncipes necessitam crescer, adquirindo valor próprio, edificaremos para eles uma grande escola, que tenha a beleza dum paraíso, a delicadeza dum jardim e a sublimidade dum templo, na qual encontrem recursos para o aprendizado e para o trabalho, conquistando, por si mesmos, a sabedoria e a glorificação.
Os conselheiros sentiram-se muito felizes com a determinação e retiraram-se satisfeitos.
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