Os filhos do Grande Rei
Versão para cópiaDepois de crescidos
Quando chegou a este ponto da história, Cipião mostrou indisfarçável tristeza nos olhos e parou de falar por alguns minutos, como se estivesse lembrando alguma coisa muito importante..
Nenhum dos ouvintes lhe interrompeu os pensamentos.
Finda a grande pausa, continuou:
— Mas os príncipes, para quem o Poderoso Rei criou tão formoso reino escolar, depois de crescidos sentiram-se seguros em seus uniformes e em seus lares e, desviando a inteligência, esqueceram o Pai Compassivo e criaram perigosos monstros, dentro de si mesmos, com os quais passaram a se aconselhar. Os colaboradores diretos do Grande Rei continuaram ensinando o bem e a verdade, a paz e o equilíbrio. Entretanto, os aprendizes não quiseram ouvi-los por mais tempo. Os monstros que eles próprios haviam criado envenenaram-lhes o coração, dizendo-lhes que a escola era absoluta propriedades deles, que deveriam dominar em torno de suas residências como verdadeiros e únicos senhores.
Em breve, os filhos do Grande Rei, esquecendo os deveres que lhes cabiam desempenhar, começaram a humilhar, derrubar e perseguir. Destruíram árvores veneráveis sem plantar outras que as substituíssem; organizaram caçadas aos animais pacíficos, matando-os sem necessidade; aprisionaram os pássaros e passaram a fazer o que é mais doloroso — combateram-se uns aos outros, em guerras de sangue, deixando misérias e ruínas atrás de seus passos. Para adquirirem supremacia e poder, honras e autoridade, assassinaram mulheres e crianças, velhos e doentes incapazes de fazer mal.
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