Palavras do Coração Vol. 1

Versão para cópia
Capítulo XXIII
Ilustração tribal

Sempre vivos


Temas Relacionados:

Recordas, ainda mesmo em plena festa do mundo, enquanto distribuis palavras e sorrisos de gentileza, aqueles que te precederam na Grande Transformação.

Esse te deixou as perguntas sem resposta quando lhe tocaste as mãos desfalecentes;

aquele se despediu através do último olhar;

aquele outro se te ausentou do afeto, à distância, sem que lhe registrasses as palavras de adeus;

outro ainda tombou sob os engenhos humanos em louvor do progresso.


Entretanto, recolhe na concha da própria alma a fonte das lágrimas que a saudade te desabotoa no coração.

Lembra-te deles, acendendo na memória a luz da esperança.

Os chamados mortos são vivos em Planos diferentes. Se aspiras a render-lhes o teu culto de amor, realiza por eles o que desejariam fazer se estivessem contigo.


Ninguém te impede chorar, reconhecendo na carência de afeto uma herança comum, a constituir-se de aflição e de pranto.

Ainda assim, se choras, não permitas que a tua dor se faça desespero.

Chora, elevando e construindo, amando e servindo sempre.


Onde estiveres, rememorando os que partiram, não olvides que também eles te guardam a imagem no coração.

O pensamento é mensagem com endereço.


Os mortos são sempre vivos.

Abençoa-os para que te abençoem.

Auxilia-os, encorajando-lhes a fé e a própria segurança para que te auxiliem.


Entre as criaturas da Terra e os habitantes do Mais Além, prevalece ainda o princípio da vida, na lei eterna do amor:

— Dá e receberás.




Meimei
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?