Palavras do Coração Vol. 1
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Sempre vivos
Recordas, ainda mesmo em plena festa do mundo, enquanto distribuis palavras e sorrisos de gentileza, aqueles que te precederam na Grande Transformação.
Esse te deixou as perguntas sem resposta quando lhe tocaste as mãos desfalecentes;
aquele se despediu através do último olhar;
aquele outro se te ausentou do afeto, à distância, sem que lhe registrasses as palavras de adeus;
outro ainda tombou sob os engenhos humanos em louvor do progresso.
Entretanto, recolhe na concha da própria alma a fonte das lágrimas que a saudade te desabotoa no coração.
Lembra-te deles, acendendo na memória a luz da esperança.
Os chamados mortos são vivos em Planos diferentes. Se aspiras a render-lhes o teu culto de amor, realiza por eles o que desejariam fazer se estivessem contigo.
Ninguém te impede chorar, reconhecendo na carência de afeto uma herança comum, a constituir-se de aflição e de pranto.
Ainda assim, se choras, não permitas que a tua dor se faça desespero.
Chora, elevando e construindo, amando e servindo sempre.
Onde estiveres, rememorando os que partiram, não olvides que também eles te guardam a imagem no coração.
O pensamento é mensagem com endereço.
Os mortos são sempre vivos.
Abençoa-os para que te abençoem.
Auxilia-os, encorajando-lhes a fé e a própria segurança para que te auxiliem.
Entre as criaturas da Terra e os habitantes do Mais Além, prevalece ainda o princípio da vida, na lei eterna do amor:
— Dá e receberás.
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