Palavras Sublimes

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Capítulo XLIV

Na desencarnação de Allan Kardec


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… E esgotara-se o cálice das dores,
Não mais o rumo incerto em noite imensa…
E o semeador do bem, da paz, da crença
Volta ao plano dos grandes semeadores.

À distância da carne escura e densa
Vê descerrar-se um mundo de esplendores
E na estrada mirífica de flores
Fulge o sol do Senhor que o recompensa.


Alguém avança… É o grande Nazareno,
E Jesus, todo amor, de olhar sereno,
Que lhe consagra o dia da vitória!


E Kardec, chorando de alegria,
Parte para as mansões do Eterno Dia
Entre cantos e júbilos de glória!





Reformador — Abril de 1945.


Segundo consta do original, o soneto foi psicografado em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, no dia 31 de março de 1945, data em que se relembra o retorno de Allan Kardec à pátria espiritual, em local referenciado pelo articulista, Ismael Gomes Braga, que assina a matéria com o seu pseudônimo Cristiano Agarrido, como “ilha pitoresca, próxima da cidade, (…) ao ar livre, à sobra de grandes eucaliptos”.



Abel Gomes
Francisco Cândido Xavier

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