Palavras Sublimes

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Capítulo XXXIII

Da obra “As quatro Babilônias”


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Meus amigos, Deus vos conceda muita paz.

Pobre servo de Jesus, não vos venho trazer a palavra de sabedoria, mas a da cooperação fraterna, em sua misericórdia, para o estudo de nossas expressões evolutivas em caminho da espiritualidade luminosa.

Quero referir-me ao vosso desejo de nossa manifestação sobre “”, repositório de numerosas elucidações oriundas do Alto, isto é, do Plano divino, de cujo reservatório de verdades emanou o pensamento profundo dessa obra. Não só o instrumento humano e falível contribuiu para esse evento. Grande número de enviados cooperou na exposição desse trabalho sadio, dando curso às mais sublimes inspirações. Nem mesmo um cérebro perecível poderia avançar tanto nesse caminho de concepções, tão-somente com a pobreza das possibilidades materiais. Somente o Espírito, apreendendo a luz divina, percorrendo as estradas dos acontecimentos e perquirindo a sagrada semeadura, nos tempos mais remotos, poderia realizar esse esforço, trazendo ao conhecimento humano a chave da revelação nas suas características universalistas.

Podemos adiantar ainda que nos Planos espirituais mais próximos da Terra se organizam núcleos devotados ao bem e à verdade, sob a égide do Senhor, de maneira a preparar-se a mentalidade evangélica esperada para o milênio futuro, depois da grande ceifa em que o orbe terá de renovar os seus caracteres. É natural que esses núcleos de entidades amorosas e sábias se aproximem das coletividades que já conseguiram realizar as melhores edificações no terreno definitivo da construção espiritual. A Europa, nas suas expressões de decadência, não conseguiria receber semelhantes vibrações numa hora destas, em que o Velho Mundo ouve, amargurado, os mais dolorosos ais do Apocalipse. É por essa razão que os Espíritos do bem e da sabedoria buscam a América para continuação da tarefa sagrada e, muito particularmente, o Brasil, dentro da sua incontestável missão de difundir o Evangelho pelo mundo, de modo a edificar-se o homem do futuro nas mais consoladoras verdades celestiais. E faz-se preciso notar que para um esforço dessa natureza o Plano invisível não requisitou as forças que o servem ostensivamente — clamou ao testemunho o missionário despreocupado dos fenômenos para a demonstração da essência dos ensinos, buscando-o nos templos de outra ordem, onde a verdade relativa se há fechado, muita vez, na sombra do dogmatismo, pelas imposições do sacerdócio que, em todos os tempos, eliminou as mais belas florações do profetismo.

Associamo-nos às vossas alegrias recebendo essa dádiva de confortadoras e decisivas revelações que se destinam à demonstração da linha sagrada e universalista do progresso do mundo sob o olhar misericordioso daquele cujas palavras são amor e vida, e jamais passarão.

Fazendo a nossa reverência espiritual aos elevados mentores que inspiraram esse esforço, desejamo-vos a paz de Deus, esperando que a Sua bênção de amor conforte as nossas almas e esclareça os nossos corações,




Reformador — Janeiro de 1940.

Mensagem psicografada na presença do vice-presidente da FEB à época, Manuel Quintão, no dia 2 de janeiro de 1940, na qual Emmanuel menciona e confirma os conceitos da obra “As quatro Babilônias”, psicografia de um ilustre engenheiro paulista sob o pseudônimo de Marius Coeli, livro editado pela Revista dos Tribunais em 1939 [Link para o em Pdf]. Posteriormente, a mensagem foi reproduzida em Reformador, de fevereiro de 1979.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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