Paz e Alegria [Geem]

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Capítulo XVIII

Assistência


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Nos trabalhos da assistência

Aos filhos da expiação,

Ouve a bondade em silêncio

No templo do coração.


Cede pão ao companheiro

Que segue, triste, ao relento;

Contudo, atende a quem chora

Com fome de entendimento.


Alonga braços fraternos

Às aflições da orfandade,

Mas domina, onde estiveres,

A própria agressividade.


Estende o olhar de ternura

Que em toda parte é bem-vindo;

Entretanto, foge à inveja

Que observa, destruindo…


Na praça pública, acende

O verbo em luz a brilhar;

Todavia, não te esqueças

Da caridade no lar.


Não te prendas ao supérfluo,

Reparte as sobras da mesa,

Mas satisfaze na luta

Ao culto da gentileza.


Distribui roupa e calçado,

Socorre a chaga e a doença;

Evita, porém, guardar

A sombra da desavença.


Protege o irmão que a amargura

Tanta vez castiga e arrasa,

Mas suprime, sem revolta,

As dores da própria casa.


Socorre os padecimentos

De quem se cansa e baqueia;

No entanto, respeita em tudo

O campo da vida alheia.


Ampara sempre a quem sofre.

Contudo, em louvor do bem,

Não critiques, nem censures,

Nem penses mal de ninguém.



Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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