Pétalas da Primavera

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Capítulo VIII
Ilustração tribal

Médiuns e definições


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Mediunidade, a rigor,

Sobre a Terra onde se estira

É um talento que o Senhor

Tanto empresta, quanto tira.

Chiquito de Moraes

Em minha longa jornada,

Guardo esta nota do bem:

Mediunidade trancada

Não auxilia a ninguém.

João Brígido

Médium que deixa o serviço,

Dizendo ter cruz na estrada,

Entra em novo compromisso

E encontra cruz mais pesada.

Juvenal Galeno

Médium feito que cai fora,

Largando o encargo que é seu,

Sai do mundo antes da hora

No tempo que recebeu.

Lulu Parola

Médium que é dono da bola

E diz que é dono da praça

Parece cuca de sola

Cheia de bomba e fumaça.

Jair Presente

O médium que vive à-toa

E por pouco se envaideça

Pode ser grande pessoa

Mas tem grilo na cabeça.

Jaks Aboab

Entre o Céu e a Natureza,

Médium que não se degrade

Parece uma luz acesa

No escuro da Humanidade.

José Albano

Nobres médiuns que conheço

Ao defini-los não erro:

São baús cheios de ouro

Com cadeados de ferro.

Lobo da Costa

Médium de muita cultura

Que viveu no lero-lero

Quando vara a sepultura

Caminha na estaca zero.

Cornélio Pires

Muito médium que começa

Em prosas e fantasias,

Acaba sempre em promessa

E fogo de poucos dias.

Carlos Gondim

A trabalhar no caminho,

Junto de médium sem fé,

É melhor sofrer lobinho,

Bexiga ou bicho de pé.

Manoel Serrador

O médium que vira ateu,

Desde a moça até o macho,

É terra que já morreu,

Bananeira que deu cacho.

Leandro Gomes de Barros

O médium que não se apronta

Para servir por amor

Um dia fica por conta

De Espírito obsessor.

Casimiro Cunha

Médium sem freio em ação

Que fala sem taramela

Tem coisa de caminhão

Disparado na banguela.

Juca Muniz

Quando trabalha e se alteia

Mediunidade é troféu

No coração que semeia

Os pensamentos do Céu.

Mário Silveira


, ele apresenta trovas de diversos trovadores mas que possuem muita semelhança com as de Leandro Gomes de Barros do 10º capítulo da 1ª parte do livro Mais vida, publicado em 1982.Confira as trovas nos dois livros: com trova desse capítulo; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova ; com trova . Eu sinceramente acredito que as trovas aqui subscritas por vários trovadores e não as que foram supostamente subscritas por Leandro G. de Barros no ; apesar de, por razões desconhecidas, o mesmo conteúdo, um tanto diferenciado, ter sido inserido com outra titularidade em publicação anterior. Desculpem-nos, mais isso não nos parece uma simples coincidência.



Chiquito de Moraes
Francisco Cândido Xavier

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