Poetas Redivivos
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Diante da Terra
Fugindo embora à paz de eternos dons divinos, Sem furtar-se, porém, à luta que aprimora, O homem é o semeador dos seus próprios destinos, Ave triste da noite, esquivando-se à aurora… Em derredor da Terra, estrelas cantam hinos, Glorificando a luz onde a Verdade mora, Mas no plano da carne os impulsos tigrinos Fazem a ostentação da miséria que chora! Necessário vencer nos vórtices medonhos, Santificar a dor, as lágrimas e os sonhos, Do inferno atravessar o abismo ígneo e fundo. Para ver a extensão da noite estranha e densa, Que os servos da maldade e os filhos da descrença Estenderam, sem Deus, sobre a fronte do mundo!… |
— Os lindos sonetos acima [cap. e o presente] foram recebidos numa reunião íntima só do médium com o nosso companheiro de redação Ismael Gomes Braga, em escrita inteiramente mecânica, com letras enormes. Notamos que o nome nos era inteiramente desconhecido entre os poetas de língua portuguesa e perguntamos ao Espírito onde poderíamos obter informes a seu respeito. Respondeu-nos: “Nos registos do Exército brasileiro por volta de 1899; porque fui oficial.”
Em nenhuma enciclopédia encontramos o nome, mas, por intermédio de um oficial, recebemos os seguintes dados: “Capitão da Arma de Cavalaria, Edmundo Francisco Xavier de Barros, filho de Pacífico Antônio Xavier de Barros, nascido em 1861, no Estado de Goiás: Assentou praça voluntariamente no 2º Regimento de Artilharia a Cavalo, em 15 de Outubro de 1877. Alferes a 4 de Janeiro de 1890. 1º Tenente a 12 de Janeiro de 1893. Capitão a 18 de Outubro de 1901. Faleceu no serviço ativo, em 17 de Janeiro de 1905”.
Por enquanto nenhum outro dado possuímos sobre o poeta invisível. Não sabemos se deixou obras literárias, se era conhecido como poeta. — (Nota de Reformador 1947, página 294.)
Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é a 2ª do 27º capítulo do livro “”
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