Poetas Redivivos

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Capítulo XXXV

Lei


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Reencarnação!… Descer de mansão doce e flórea,

Ninho tecido aos sóis qual fúlgida escumilha,

Onde a vida pompeia excelsa maravilha,

E afundar-se na sombra em lodacenta escória!


Ante o ser livre e belo — ave aos cimos da glória

Recorda o corpo escravo ascorosa armadilha;

O berço — irmão do esquife — é a furna em que se humilha

Todo sonho ideal de ventura incorpórea.


Reencarnação, porém, é a Justiça Perfeita,

A Lei que esmonda, ampara, aprimora e endireita,

Por mais o coração inquira, chore ou trema!…


Alma, entre a lama e a dor da luta em que te abrasas,

Crias teu próprio mundo e as tuas próprias asas

Para galgar, um dia, a vastidão suprema!…




Contâncio Alves
Francisco Cândido Xavier

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