Poetas Redivivos

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Capítulo XLIX

Prisioneiro


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Prometeu algemado à cruz das dores,

Bendize, em pranto, a divinal sentença

Que te guarda no mundo a alma suspensa,

Entre abismos, angústias e pavores.


Na treva dos gemidos remissores,

Abre o sacrário virginal da crença

E fita a vastidão divina e imensa,

Estrelada de sonhos e esplendores.


Do céu que buscas torturado e crente,

Desce a esperança milagrosamente

Por níveo anjo sobre a estranha grade.


E encontrarás chorando de alegria,

Além da noite dolorosa e fria,

O caminho da Eterna Liberdade.




Cruz e Souza
Francisco Cândido Xavier

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