Poetas Redivivos

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Capítulo LVI

No último dia


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Horas de angústia e lágrimas transponho…

Chegara, em desespero, o fim do dia.

Caminhando, ao meu lado, a Fantasia

Gritava para mim, no último sonho:


— “A Morte é o Nada e a Paz sem agonia!…”

E escutando-a, cansado, os olhos ponho

Além do mundo, no cairel medonho

De horrendo caos, buscando a noite fria…


Era o anelado fim… Súplice avanço

E rogo à Morte a bênção do descanso,

Descendo, em pranto, às trevas abismais.


Mas em lugar das regiões serenas,

Sob nova tortura, encontro apenas

O abutre do remorso e nada mais…




Antero de Quental n
Francisco Cândido Xavier

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